sábado, 4 de setembro de 2010

Ambientalizando a Educação

Por Rachel Trovarelli

A educação ambiental tem sido vista como uma das principais esperanças para o meio ambiente no século XXI. Muitos vêem nesse processo de aprendizagem não só a construção de um desenvolvimento sustentável, mas sim, de um envolvimento sustentável.


O conceito de envolvimento é muito mais amplo. Trata-se de uma mudança de visão, na qual, a sociedade contemporânea se vê inserida num contexto maior, natural do planeta Terra. Não basta proteger a natureza, temos que se perceber como parte dela.


É sabido que estamos em meio a uma crise ambiental, e ousaria dizer, uma crise mundial, na qual os valores mais nobres do seres humanos – tais como o respeito e o amor – parecem se perder em meio aos tic-tacs dos relógios, nas falas e nos pensamentos e ambições da maior parte da população.


Esses valores estão intimamente ligados a valorização do ambiente na qual estamos inseridos. Como respeitar e amar, viver em harmonia uns com os outros se não respeitamos e amamos nem a nossa própria casa? Por isso sugiro que além de um grave problema ambiental, vivenciamos um gigantesco problema de comportamento humano.


Diante disso, a percepção do meio é indispensável quando se busca a sensibilização perante a sociedade. É nesse contexto que a educação ambiental encontra onde atuar e proporciona um envolvimento sustentável da sociedade entre si e com o ambiente.


Através de atividades que proporcionam o saber ambiental, buscam-se soluções locais e então recupera-se o sentido de comunidade. Um trabalho continuado, acompanhado ou não, gera um ambientalismo cotidiano, um envolvimento. A percepção e sensibilização pela causa é algo tão benéfico que traz um entusiasmo, resgatando a paixão pela vida num mundo atualmente desesperançado. Ações locais motivam soluções locais, mudança de hábitos locais... um melhor mundo local.


Talvez, esse possa ser o primeiro passo pra quem almeja mudar o mundo.

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