segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Boas festas - Equipe O marreco

O movimento de translação do planeta que habitamos nos convida, em seu reencontro com o ponto inicial - que nós como sociedade ocidental definimos, a refletir sobre o tempo que passou e aquele que está por vir. É sobre esse solo reflexivo que a Equipe do O Marreco exterioriza alguns pensamentos e desejos sobre o ano que passou e esse novo que se iniciará em poucos dias.
 A sociedade em que estamos inseridos tem apresentado sua face perversa cotidianamente. Os bens naturais sendo consumidos vorazmente; a degradação humana; a desestruturação da política e seus instrumentos; as crianças sem alimentação; os idosos sem perspectivas; os portadores de necessidades especiais com seus atendimentos restritos; essas e tantas outras perversidades desse modelo civilizatório pesam sobre o bem viver da humanidade. Todavia, não há somente a face perversa, há também a face bela da sociedade e do mundo. A beleza da solidariedade entre as pessoas que insistem em não aceitar o mundo da forma que está estruturado; dos que se envolvem na política objetivando construir uma sociedade mais igualitária; das pessoas que buscam a harmonia entre o interior e o exterior respeitando o próximo; dos que participam dos movimentos sociais criticamente; a beleza das coisas com significado próprio, como o céu, as águas, o mar, os pássaros e flores, árvores e insetos, das relações equilibradas da natureza e dos seus fenômenos naturais.
 É nessa sociedade em que há perversidades e belezas, que há tempo para fazer coisas. Tempo para refletir e agir e refletir continuamente, buscando a harmonia e igualdade entre os que habitam a Terra. A reflexão necessária para superar o maniqueísmo reducionista e a ação para desconstruir e construir continuamente uma sociedade que considere os limites do ambiente e a diversidade dos povos, agindo democraticamente dentro das possibilidades da representatividade e da participação direta.
 Dentro desse mundo nós da equipe O Marreco, desejamos que o ano de 2012, esse novo ciclo que se inicia, tão importante como tantos outros, seja repleto de reflexões e ações que sigam eticamente na direção de uma sociedade melhor.
 Voltaremos atualizar esse espaço no dia 9 de janeiro. Aproveitamos para convidar a todos para enviar seus textos, fotos, poesias ou qualquer outro material para o email omarreco@yahoo.com para que nós possamos publicar nesse espaço virtual ou na edição impressa.
 Desejamos que o descanso seja relaxantemente produtivo.
Boas festas.
Equipe O Marreco
E o mundo continua sendo transformado...

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

A globalização através da perspectiva do Milton Santos

Por Alberto Kirilauskas

A globalização é um fenômeno não tão moderno. A primeira globalização pode ser entendida como a expansão do colonialismo que ocorreu em torno do século XVI. Aquela globalização possuía como base a demarcação territorial, era um processo de conhecimento das dimensões do mundo e uma vez conhecidas eram ocupadas num processo de expansão do continente europeu – estrutura capitalista. Por sua vez a segunda globalização que ocorreu no final do século XX tem como base a fragmentação do território. As empresas globais agem sobre o território o fragmentando, uma vez que elas são detentoras de poder que desfazem a estrutura política territorial, criando uma regulação para si própria. Detentoras de grande poder já não mais precisam do território único para sua produção, há uma rede de fornecedores que atendem suas demandas sem necessariamente estar no mesmo lugar, isso se torna possível pela livre fluxo de informações e mercadorias. Segundo Milton Santos (2001 p.23)[i]

a globalização é, de certa forma, o ápice do processo de internacionalização do mundo capitalista. Para entendê-la, como, de resto, a qualquer faz da história, há dois elementos fundamentais a leva em conta: o estado das técnicas e o estado da política.

Milton Santos. Autor não identificado.
As técnicas possuem seu uso político. Se Postman no seu livro tecnopólio traz elementos que nos fazem pensar que as técnicas serão utilizadas em todas as suas possíveis formas, para Milton Santos os elementos existentes em seus textos indicam que o uso político definirá o seu uso. É a lógica capitalista, da economia política, que orienta quais técnicas serão utilizadas e o local. Apesar da aparente oposição entre os discursos, entendo que eles não se contradizem em sua essência, uma vez que ambos autores pensam a técnica sobre bases diferentes, no caso do Postman a técnica se apresenta sobre a base da capacidade criativa humana de se apropriar de algo para atender os seus fins almejados, e já para Milton Santos a técnica está assentada numa base social já construída, onde será o social influenciando no individual. A compreensão da influência da sociedade no indivíduo, assim como o entendimento de que a sociedade é composta por indivíduos, é relevante para entender as ações sociais. Sobre uso político das técnicas discorre Milton Santos (2001 p.23)

as técnicas são oferecidas como um sistema e realizadas combinadamente através do trabalho e das formas de escolha dos momentos e dos lugares de seu uso. É isso que fez a história.

E completa dizendo que

(...) a globalização não é apenas a existência desse novo sistema de técnicas. Ela é também o resultado das ações que asseguram a emergência de um mercado dito global, responsável pelo essencial dos processos políticos atualmente eficazes. (SANTOS, 2001 p.24)

A globalização que se iniciou no final do século XX, possui um conjunto de técnicas presididas pela técnica da informação. Para Santos (2001 p.24) no desenvolvimento da história as técnicas não são únicas, elas são criadas em conjuntos, assim entendo o termo “presidido” utilizando por Milton Santos para se referir as técnicas da informação.

Em nossa época, o que é representativo do sistema de técnicas atual é a chegada da técnica da informação, por meio da cibernética, da informática, da eletrônica. Ela vai permitir duas grandes coisas: a primeira é que as diversas técnicas existentes passam a se comunicar entre elas. A técnica da informação assegura esse comércio, que antes não era possível. Por outro lado, ela tem um papel determinante sobre o uso do tempo, permitindo, em todos os lugares, a convergência dos momentos, assegurando a simultaneidade das ações e, por conseguinte, acelerando o processo histórico. (SANTOS, 2001 p.25)

Pensar na globalização apenas como um processo deletério do desenvolvimento da humanidade é enxerga-la sob um único ponto de vista, o da perversidade. Mesmo esse sendo o modelo atual da globalização, é necessário enxerga-la como possibilidade para a construção de uma humanidade planetária de fato, onde se faz necessário observar que ir contra o processo de globalização se apresenta como ineficaz, uma vez que o desenvolvimento da mesma é extenso e ela se fundiu à sociedade mundial.
Para Milton Santos (2001 p.18),

de fato, se desejarmos escapar à crença de que esse mundo assim apresentado é verdadeiro, e não queremos admitir a permanência de sua percepção enganosa, devemos considerar a existência de pelo menos três mundos num só. O primeiro seria o mundo tal como nos fazem vê-lo: a globalização como fábula; o segundo seria o mundo tal como ele é: a globalização como perversidade; e o terceiro, o mundo como ele pode ser: uma outra globalização.

O mundo como nos fazem ver: a fábula

A falsa noção de que as informações que são transmitidas ao mundo são reais, e não uma interpretação do mundo daqueles que são detentores da mídia de massa, somada ao encurtamento das distâncias para os que possuem recursos e podem se deslocar livremente por entre as barreiras existentes entre Estados difundem a noção de tempo e espaço contraído. Sobre essa base se propaga a idéia da aldeia global, todavia o que observa é a instalação de um mercado avassalador que acentua as desigualdades existentes nos locais, os tornando como apresentado por Milton Santos, espaços esquizofrênicos.

O mundo como ele é: a perversidade

A perversidade sistêmica que está na raiz dessa evolução negativa da humanidade tem relação com a adesão desenfreada aos comportamentos competitivos que atualmente caracterizam as ações hegemônicas. Todas essas mazelas são direta ou indiretamente imputáveis ao presente processo de globalização. (SANTOS, 2001 p.20)

Os exemplos de perversidade são diversos, há desde o aumento da desigualdade entre países ou regiões dentro dos próprios países, assim como a falta de acesso à serviços básicos de qualidade como educação, saúde etc. A lógica é pagar pelo o que se usufrui, onde num mundo desigual o acesso será restrito aos que detém recursos monetários para pagar.

O mundo como ele pode ser: outra globalização.

(...)podemos pensar na construção de um outro mundo, mediante uma globalização mais humana. As bases materiais do período atual são, entre outras, a unicidade da técnica, a convergência dos momentos e o conhecimento do planeta. (SANTOS, 2001 p.20)

A globalização pode ser diferente se o uso das técnicas possuir outra forma de uso político. Aqui cabe apresentar o que Enrique Leff  aponta como necessário para a construção de uma racionalidade ambiental, que seria uma outra globalização. Leff[ii] (2006 p.250) diz que é necessário existir uma “reforma democrática do Estado para canalizar a participação da sociedade na gestão dos recursos; a reorganização transversal da administração pública.” Esse aspecto é importante para se pensar em outro uso político, tal uso tem de ser definido democraticamente.
A possibilidade de um novo discurso ganha esperança ao se pensar que há uma realidade empírica de universalidade. O período presente permite com que se veja a diversidade e que muitas vezes a sinta ao realizar deslocamentos em torno do planeta, que são possíveis com o aprimoramento dos meios de transporte. Para ver essa realidade é possível buscar apoio na técnica da informação, segundo o Milton Santos “hoje é muito mais fácil ser universal aqui mesmo (...) hoje qualquer pessoa com uma curiosidade mais aguçada acaba percebendo com o mundo é.” (SANTOS, 2006 44’30’’)[iii]
Destarte, a globalização se apresenta como um processo definitivo. Ir contra o a globalização em si, esse fenômeno de contato entre as diversas partes do mundo, se torna ineficaz, o que trará um desgaste do movimento que buscar seguir por esse caminho. Por sua vez, ir contra a globalização da forma que está sendo forçada pelos poucos detentores de poder organizado no mundo contemporâneo, é fundamental para a construção de uma nova sociedade, cuja a base seja a democracia real, o que incorporará o valor da diversidade dentro de sua estrutura, onde o diferente deve ser assegurado independentemente de ser maioria ou minoria.

Referências bibliográficas


[i] SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 6ºed. Rio de Janeiro: Record, 2001.
[ii] LEFF, Enrique. Racionalidade ambiental: a reapropriação social da natureza. Tradução Luís Carlos Cabral. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006. 
[iii] SANTOS, Milton. Encontro com Milton Santos ou o mundo global visto do lado de cá. Documentário. 90 min, 2006.

domingo, 11 de dezembro de 2011

SOBRE A FELICIDADE

Por Marina Peres Barbosa

Não é certo que procuramos a felicidade, por meio das coisas, das relações, das idéias, do pensamento? Desta forma, o que se torna de suma importância não são as coisas, as relações, as idéias, e não a felicidade. Isto é, toda vez que buscamos a felicidade em alguma coisa, esta coisa é que fica sendo importante, e não a felicidade. Assim exposta, a questão parece muito simples, e de fato é muito simples. Visto que buscamos a felicidade na propriedade, na família, nas idéias, assumem toda a importância a propriedade, a família e as idéias; contamos sempre encontrar a felicidade em alguma coisa. Mas, pode encontrar-se a felicidade em qualquer coisa que seja? As coisas feitas pela mão ou pela mente assumiram importância maior do que a própria felicidade, e, em vista da evidente impermanência das coisas, das relações e das idéias, somos sempre infelizes. Quer dizer, buscamos a felicidade nas coisas, e descobrimos que não existe, nelas, a felicidade. Se examinarmos um pouco mais atentamente, veremos que as coisas não trazem a felicidade. Do mesmo modo, se nos transferimos a outro nível, o nível das relações entre nós e outros, seja a sociedade, a família, ou a nação, depara-se-nos a enorme dificuldade de ajustamento entre nós e os outros. Assim sendo, se observardes a questão com toda a atenção, descobrireis que há uma extraordinária impermanência na vida de relação, malgrado os nossos esforços por ancorar-nos nela e por fazer dela um refúgio e um abrigo seguro. O mesmo acontece com relação ás idéias. Um sistema de idéias pode ser destruído por outro sistema de idéias, e assim por diante. Apesar de tudo, não parecemos reconhecer a impermanência de todas as coisas, entendendo-se o termo não no seu sentido metafísico, mas na sua acepção comum. As coisas são impermanentes, gastam-se. Na vida de relação há constante atrito. O mesmo se dá com as idéias e as crenças, que não têm estabilidade alguma. Todavia, buscamos em tudo isso a nossa felicidade, porque não reconhecemos a impermanência das coisas, das idéias e das relações. E, por essa maneira, depois de experimentarmos um dado conjunto de coisas, um dado conjunto de relações, passamos a outro, e continuamos a virar página por página, sempre na esperança de encontrar a felicidade, e sem encontrá-la nunca. É assim que se torna o sofrimento nosso companheiro constante, e o triunfo sobre o sofrimento o nosso problema principal.
Mas, como podemos triunfar do sofrimento? Nunca perguntamos a nós mesmos se é possível achar-se a felicidade numa coisa, no saber, no contacto com outros, ou em Deus. Pode alcançar se a felicidade por meio de um objeto, ideológico ou físico? É inevitável o sofrimento, enquanto buscamos a felicidade nalguma coisa. Não é exato que sempre procuramos a felicidade numa coisa qualquer e quando a não encontramos neste mundo, passamos ao outro mundo; quando a não encontramos na família, na virtude, nas idéias, tentamos encontrá-la numa entidade permanente chamada Deus? Portanto, é sempre numa coisa, sempre num objeto que queremos achar a felicidade.
O problema é, portanto, o seguinte: a felicidade, que nunca se encontra em coisa alguma, pode afinal ser encontrada? Se a não encontro numa coisa, pode ela existir, ou sou feliz somente quando não procuro a felicidade, quando não desejo achá-la numa coisa? Pode a felicidade existir por si mesma? Para o descobrir, cumpre-nos explorar o rio do autoconhecimento. Mas o autoconhecimento não representa, em si, um fim. E como se seguíssemos um rio até suas nascentes. É a nascente que constitui o rio? De certo que não. É cada gota d’água, do princípio ao fim, que constitui o rio, e é erro imaginar-se que encontraremos a felicidade na nascente. A felicidade não pode encontrar-se em coisa alguma, mas só no acompanharmos o rio do autoconhecimento, isto é, nós mesmos.
Nossa dificuldade consiste, portanto, em que temos de acompanhar não somente os nossos impulsos, necessidades e intenções conscientes, mas também os inconscientes. Os que temos escutado com certo interesse, já devemos ter feito a experiência de acompanhar conscientemente os nossos pensamentos e sentimentos. Quando tomamos conhecimento de nossos pensamentos, sentimentos e idéias conscientes, libertamos a mente de todo conflito, de todas as tribulações e confusões e começamos a receber os pensamentos é comunicações do inconsciente. Sendo assim, para começarmos a acompanhar a corrente do autoconhecimento, é necessária a clarificação do consciente, ou seja, que tenhamos conhecimento do que se passa no consciente. Isto é, com o conhecimento das atividades conscientes, o que vos asseguro ser muito difícil, podem ser compreendidos os pensamentos inconscientes e os nossos ocultos impulsos e intenções. E como o consciente é o presente, o agora, é através do presente que se poderão compreender os nossos pensamentos inconscientes e ocultos; e esses pensamentos inconscientes e ocultos não podem ser compreendidos por nenhuma maneira senão pelo tornar-nos intensamente cônscios do presente e pelo libertar-nos de todas as complicações, de todas as ações e pensamentos incompletos que a cada instante se nos insinuam na mente consciente.
Assim, pois, todos os que realmente queiramos experimentar, que desejemos realmente empreender a jornada, devemos libertar os pensamentos que ocupam a nossa mente consciente. Isto é — para falar de maneira mais simples — a mente consciente está, sem dúvida, ocupada com os problemas imediatos, o emprego, a família, os estudos, a política, o Brâmane e não Brâmane, e assim por diante. Ora, se não compreendemos esses problemas da mente consciente e não tratamos de eliminá-los como poderemos ir por diante? E essa eliminação não representa o constante problema de nossa vida? Ocupamo-nos com esses problemas — o estado, o nacionalismo, a divisão de classes, a propriedade, as relações e as idéias — problemas que incessantemente se nos insinuam na mente consciente. Como iremos resolver o problema da propriedade e da divisão de classe? — da propriedade, esse fator de tantos ódios e inimizades, de divisões de classe, de tanto conflito e desespero? Com esse problema se ocupa, realmente, a nossa mente consciente. E se o não eliminarmos, por certo não nos será possível ir muito longe no acompanharmos do rio do autoconhecimento.
Portanto, o que em primeiro lugar necessitamos é desse começo extraordinário, que consiste em dar um passo. Assim, pois, aqueles que desejem fazer a travessia para a outra margem, que desejem ver e descobrir aonde os conduzirá o autoconhecimento, precisam, por certo, tomar sentido, conscientemente, de tudo o que pensam e sentem, dos seus hábitos, tradições, expressões verbais, da maneira com que falam às suas esposas, aos seus servos, e aos seus superiores imediatos. Isso revelará como está funcionando a mente, e podeis, dai, caminhar para a frente e, caminhando, fazer vossas descobertas; e a descoberta do real é a felicidade, que não nos vem através de coisa alguma, mas que é, em si mesma, tal como o amor, eterna; o amor é eterno, não porque amais alguém, o amor é eterno em si mesmo.

Krishnamurti – Uma Nova Maneira de Viver – 16 de novembro de 1947
Só existe um meio de encontrar a felicidade inteligente, que é o de vossa percepção e discernimento próprios; e só por meio da ação é que podeis dissipar os múltiplos obstáculos que vos impedem o preenchimento. Si, por vós próprios, puderdes perceber, simples e diretamente, as limitações que vos impedem de viver completo e profundo, e de como foram elas criadas, então sereis capazes de dissipar... Se cada qual de vós puder ter plenitude, viver em completa harmonia - cousa que exige grande inteligência e não a persecução de desejos egoístas - então haverá o bem estar para o todo.
Krishnamurti no Chile e no México – 1935

Eu realizei aquilo que para mim é a suprema felicidade - não a oriunda do prazer, mas a que promana dessa quietude interior que é a segurança da tranqüilidade, a realização da inteireza. Em tal estado não existe progresso, mas sim realização continua, na qual todos os problemas, toda as complexidades se esvaecem. Essa verdade, essa integridade interna, existe em todas as coisas; em todo o ser humano; e essa realidade interna jamais está ausente no que é mínimo como também jamais se exaure no que é Maximo. Para mim, a verdade, essa integridade de que falo, acha-se em todas as coisas. Portanto, a idéia de que necessitais progredir em direção a realidade, é uma idéia falsa. Não se pôde progredir na direção de uma coisa que sempre está presente. Não se trata de avançar para o exterior ou de voltar-se para o interior, mas sim de se libertar dessa consciência que se percebe a si mesma como separada. Quando houverdes realizado tal integridade (unidade), vereis que tal realidade não têm ela futuro nem passado; e todos os problemas relacionados com tais coisas desaparecem inteiramente. Uma vez que o homem realize isso, vem-lhe a tranqüilidade, não a da estagnação, porém a da criação, a do ser eterno. Para mim a realização desta verdade é a finalidade do homem. Krishnamurti - Senhor do Dia de Amanhã.

Fonte: ICK Instituição Cultural Krishnamurti

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Marshall McLuhan e a Aldeia Global

Em 2011, comemorou-se o centenário de nascimento de Marshall McLuhan, pensador de grande influência no século XX (e até mesmo atualmente), estudou os efeitos da mídia na sociedade, chegando a cunhar termos como “aldeia global”, e a famosa frase “o meio é a mensagem”.

McLuhan estudou a relação do ser humano com a tecnologia em diversos aspectos, não apenas no uso destas como ferramentas, mas além disso, como extensões do corpo humano.

Abaixo, segue um vídeo breve, no qual é abordado o termo de “aldeia global”, resultado da intensificação dos meios de mídia e comunicação, criado por McLuhan ainda na década de 1960.

A proposta é que, com a ampla disseminação das notícias ao redor do globo, todos teríamos nos tornado mais próximos, e que os meios de comunicação ganham com isso maior influência sobre as pessoas, chegando mesmo a determinar consensos dentro da sociedade.




Fontes pesquisadas:

http://marshallmcluhan.com/biography/

http://www.youtube.com/watch?v=dWVOWQuIcgM&feature=related