sábado, 13 de fevereiro de 2010

Criatividade e Educação

Enquanto intuito estabelecido, a Educação preza pela formação das pessoas, atuando na construção de valores culturais, políticos e sociais e sendo importante no delineamento do caráter pessoal e coletivo.
Ao compreendermos com maior profundidade o seu papel, notamos que a educação relaciona-se com a construção de paradigmas que podem estar sujeitos a diversos interesses e aspectos políticos de um país de forma a tornar o indivíduo predisposto a comportamentos já estipulados que muitas vezes não o incitam a criticar e participar de forma mais ativa no meio ao qual está inserido.
No sentido de estimular a crítica e a percepção dos indivíduos sobre a realidade que vive e não apenas formar uma massa sem diversidade intelectual, se percebe a relevância da criatividade e de redes de aprendizagem na construção social.
O encaixe aqui levantado é, pois, a visualização de que a educação que permite a interação estreita das idéias e dos pensamentos criativos com a formação dos indivíduos contempla diretamente a liberdade, abre para a educação o espaço para promover a estrutura de paradigmas mais complexos graças a participação da sociedade e avaliar paradigmas até então vistos como absolutos. Quando nos desvencilhamos da visão da suposta imobilidade de valores sociais, muitas vezes percebidos como confortáveis, estamos nos direcionando para o genuíno crescimento humano.
Na segunda semana de setembro, o CAGeA promoveu algumas atividades para estimular os estudantes a discutirem temas pertinentes a sua formação acadêmica e participarem na proposta de mudanças e enfrentamento de limitações. Dentre as atividades, a oficina de origami, cultura oriental de dobradura que surgiu no Japão (ori = dobrar, kami (gami) = papel), amparou uma sutil discussão sobre a importância da criatividade e seus desdobramentos em diversidade, crítica e percepção sobre a educação.
Com milhares de diagramas, o origami toma formatos impressionantes de animais e objetos que nos fazem pensar “Como alguém conseguiu pensar e fazer isso com um pedaço de papel?”, e, assim como tantas criações tecnológicas hoje presentes em nossas vidas, admiramos a capacidade humana manifestada pela concretização de idéias e buscamos, então, despertar para a necessidade evidente na aprendizagem dos indivíduos: a liberdade, o estímulo, e o aprimoramento de seus pensamentos e de sua criatividade.

Sara Ruiz Hirata (Kéro-tu)

Mas.. O que eles fazem?

Yuhuul, para finalmente estrear o tão esperado jornal do CAGeA, seria intessante falar um pouco sobre a chapa Gestores do Hawaii e suas iniciativas durante sua gestão.
A recepção da galera, como bom gestores que somos e com a colaboração do pouco calor que Piracicaba nos fornece, contou com uma ida à cachoeira do Saltão, em São Pedro e com a primeira de muitas idas à B.O., com direito a muita cerveja trincando e um maior entrosamento entre os patos. A galera aderiu e foi super bacana. Assim como o pic-nic no gramadão da ESALQ, com direito a muitas frutas e integração do pessoal. Junto com os outros CA’s do noturno, a galera fez uma visita ao Reciclador Solidário, acompanhando o processo de reciclagem dos materiais recolhidos nas residências da cidade.
Hum.. festinhas! O CAGeA promoveu, com parceria da Rep. Atecubanos, a Cervejada da Gestão, com o intuito de comemorar a chegada dos novos patos a Esalq e também algumas edições do famoso VVV, onde a galera curte um vinho e o som de um violão, à luz de velas...
Em busca de melhoramentos e soluções, tentamos cumprir nossas funções da melhor forma. Abrimos o debate sobre um possível TCC e conseguimos a implementação do mesmo, corremos atrás de editais de concursos públicos a fim de incluir o profissional Gestor Ambiental de forma mais explícita, foram realizados “pré-enegeas”, a fim de mobilizar a massa estudantil a participar do evento, convidamos egressos atuantes na área ambiental para darem palestras ao primeiro ano, com o intuito de orientá-los sobre o mercado de trabalho, elaboramos questionários sobre o corpo docente, em busca de maior efetividade a respeito à opinião dos alunos, corremos atrás de estágios conveniados à Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo, reforma nos folders de divulgação do curso, participação na FEPUSP em Bauru....
O CAGeA realizou uma lúdica mostra poética na Semana Integrada do Meio Ambiente(SIMAPIRA) e não deixou de dar as caras na tradicionalíssima Feira da Barganha, com deliciosos quitutes, iniciativa (ou tentativa) de maior integração através da viagem ao PETAR, organização do Internoturno, junto com os outros CA’s, que por sinal a GESTÃO AGORA É BI!
Não podemos nos esquecer do famigerado Boticagea, que vive buscando tirar uns trocados do seu bolso em troca de umas quinquilharias da Gestão! Esse ano fizemos uma nova leva de abridores de garrafas disfarçados de chaveiros e também o novo Blusão da Gestão, versão 2009 (bordado), além de plantões de vendas de camisetas, canetas, adesivos e também o concurso de camisetas da Gestão, para eleger uma nova estampa para as camisetas do curso (fracasso total, mas a iniciativa foi boa)...
Finalmente a sala dos Centros Acadêmicos passou por uma limpeza bruta, e bota bruto nisso, a galera participou e ficou uma beleza, tanta que possibilitou a criação de um plano de uso da mesma, que, aliás, já saíram dos planos e se encontram em prática, com a realização de alguns intercâmbios musicais e cafés filosóficos toda semana.
E para finalizar, a criação do jornal, a fim de informar os alunos sobre as realizações do CA, interar sobre questões relevantes, e dar abertura a opinião dos alunos.
Bom, são tantas atividades que fica impossível colocar todas aqui, mas se quiserem saber mais, já sabem: terças-feiras, às 22:30, nas limpíssima salinha dos CA’s!
Pois então, a diretoria CAGeA 2009 camelou bastante pra tentar garantir representatividade, melhorias e integração dentro do curso... e se você já sabia de tudo isso e participou das nossas atividades, parabéns! Caso não faça idéia do que significa CONDEMA, SIMAPIRA, CREA, Representação Discente, Regimento Disciplinar, dentre outros termos que assustam... ta na hora de participar um pouco mais do Centro Acadêmico, afinal, ele luta por você e pelo seu futuro..(oh!)

Marine (Torce-T-ta) e Victor (RoRó

Curso da ESALQ recebe 5 estrelas do GE

Periodicamente informando dados gerais sobre seus seis cursos ao Guia do Estudante, nesta 18ª edição, que apontou 509 centros de alta qualificação, obtiveram classificação 4 estrelas (muito bom) os cursos de Engenharia Florestal, Ciências Econômicas, Ciências dos Alimentos e Ciências Biológicas; e 5 estrelas (excelente) os cursos de Engenharia Agronômica e Gestão Ambiental. Esses selos de qualidade como melhores instituições de ensino superior obtidos pela ESALQ, já constam da publicação GE Melhores Universidades/2009.
Demóstenes Ferreira da Silva Filho, coordenador do curso de Gestão Ambiental, também atribui a classificação 5 estrelas ao esforço da instituição que, além de disponibilizar uma infra-estrutura invejável para o ensino-aprendizagem, cria oportunidades de estágio e de envolvimento com grupos de pesquisa e extensão.
Segundo o coordenador, o atual projeto político-pedagógico possibilita uma matriz curricular com uma sólida formação básica nas diversas áreas envolvidas com as questões de administração do ambiente. "Além disso, o curso noturno dispensa mais tempo para o envolvimento em atividades extras e estágios durante o dia que acabam enriquecendo a já sólida formação básica", conclui Demóstenes.

Fonte: www.esalq.usp.net/noticia
(acesso em dezembro de 2009)

O CV é nosso?

O Centro de Vivências (CV) foi reaberto recentemente após mais de um ano de luta dos estudantes. Nesse período aconteceram diversas manifestações e muitos discentes foram advertidos pelo campus. Agora, com a reabertura, a “Prefeitura do Campus Luiz de Queiroz” (PCLQ) traz normas de uso para o espaço. Segue abaixo trechos do documento oficial:
* Serão consideradas atividades de cultura e extensão aquelas devidamente registradas junto ao Serviço de Cultura e Extensão – SVCEx/ESALQ, a saber: cursos e mini-cursos de aperfeiçoamento ou atualização; apresentações de dança, musicais ou teatrais; leituras dramatizadas; produções cênicas; projetos artísticos; exposições; feiras; exibição de filmes; e afins;
*Cabe à CCLQ conduzir os processos de autorização de uso das áreas do Centro de Vivência por intermédio do Serviço de Operações da Divisão de Infraestrutura (SVOPER/DVINFRA);
*A solicitação para uso deverá ser realizada por meio do Formulário de Solicitação para Uso de Espaços sob Gestão da CCLQ junto ao Campus “Luiz de Queiroz”, devidamente preenchido e assinado, que deverá ser encaminhado ao SVOPER/DVINFRA;
* A solicitação para realização de atividades de cultura e extensão universitária e de eventos de interesse institucional somente será aceita pelo SVOPER/DVINFRA se este estiver devidamente registrado no SVCEx/ESALQ. O registro deverá ser realizado mediante encaminhamento do Formulário de Cadastro de Eventos ao Serviço de Cultura e Extensão Universitária da ESALQ;
* A solicitação para realização de reuniões das entidades representativas deverá ser autorizada por um dos dirigentes do Campus e conter a sua assinatura como docente responsável;
* O horário de funcionamento do Centro de Vivência é de segunda à sexta-feira, das 07:00 às 23:05 horas, salvo exceções expressamente autorizadas;
* O número máximo de participantes por evento/atividade é de trezentas pessoas;
* É proibido vender, fornecer e/ou consumir bebidas alcoólicas;
* É proibido consumir cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou qualquer produto fulígeno, derivado ou não do tabaco;
* Utilizar aparelhos sonoros, salvo mediante expressa autorização da CCLQ e no horário das 12h às13:45 h;
* Os atos que venham a infringir quaisquer dispositivos deste Regimento serão tratados em primeira instância pela CCLQ e, se for o caso, remetidos aos órgãos competentes;
Os casos que não se enquadrem neste regimento, serão apreciados pela Coordenadoria do Campus “Luiz de Queiroz”;
O documento na íntegra, está na página virtual da PCLQ (www.pclq.usp.br).

Equipe O Marreco

Eleição para o DCE

Foi realizada, nos dias 24, 25 e 26 de novembro, a eleição para o Diretório Central dos Estudantes da USP. As chapas concorrentes foram: Nada Será Como Antes!, Amanhã Será Um Novo Dia!,Respeitável Público! – Chapa Independente, Reconquista, Para Transformar o Tédio Em Melodia, Poder Estudantil, Todo Carnaval Tem Seu Fim, Oposição e Luta – AJR e Independentes. Com 2500 votos a chapa Para Transformar o Tédio em Melodia venceu, sendo seguida pela Reconquista por uma diferença de apenas 55 votos.
Porém, o resultado das eleições está sob indícios de adulterações. Uma das urnas da FEA foi impugnada por quebra de lacre e uma segunda da Escola Politécnica também estava sob investigação, mas a comissão eleitoral decidiu por validar os votos. A gestão atual Nada Será Como Antes afirma não ter havido fraude nas eleições.
Para a chapa Reconquista, a urna impugnada poderia mudar o resultado das eleições – esta continha 100 votos. Eles ainda afirmam que uma terceira urna do campus de São Carlos, teria sido fraudada - teria sumido e reaparecido com ao menos 32 votos sem assinatura dos mesários.
No dia 12 de dezembro haverá uma reunião do Conselho de Centros Acadêmicos para a discussão do processo eleitoral. A reunião será comandada pela gestão atual e a posse da nova chapa esta marcada para o mesmo dia. A reunião deve contar com ao menos 24CA’s para discussão.

Equipe O Marreco

Política de convivência na ESALQ

Informe dos últimos acontecimentos referentes à nossa ação contra o Regimento Interno da ESALQ e em Defesa de uma Política de Convivência

“Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer”

Nos últimos anos, foram marcantes os momentos nos quais os estudantes da ESALQ se organizaram em torno das reivindicações estudantis: A luta pela reabertura do CV e da Atlética, na construção dos projetos pedagógicos e da reformulação da grade curricular dos cursos, contra os decretos do Serra e mais recentemente contra o Regimento interno da ESALQ.
Essa última luta se deu primeiramente na construção de uma postura dos estudantes da ESALQ em negar o regimento interno da ESALQ por não ser construído de forma conjunta com toda comunidade esalquena e por negligenciar os problemas históricos existentes no campus no qual os estudantes sempre buscaram torná-los público. Dessa forma, propomos uma comissão formada pelos representantes dos CAs e Das para a construção de uma Política de Convivencialidade para ser apresentada como contraproposta na reunião da congregação. Essa política era pautada na resolução dos problemas que o campus apresenta e na construção conjunta dessas soluções junto com professores, estudantes e funcionários.
Essa Política foi construída pela comissão, porém não conseguimos colocá-la como pauta da reunião da congregação de dezembro, porém nessa mesma reunião os estudantes presentes reivindicaram para que essa pauta fosse lançada para a reunião de março para que haja tempo possível de discutí-la e porque as reuniões de dezembro, janeiro e fevereiro são em geral defasadas, não abrangendo a representatividade dos três segmentos ali representados.
Conseguimos!!!! Adiamos a pauta para fim de março. Mas isso nos coloca mais um desafio de nos mobilizarmos até lá entorno desse debate,reunindo o maior número de pessoas possíveis, inclusive aqueles que ingressarão na ESALQ semestre que vem. Por isso, nossa caminhada não acaba, muito pelo contrário, começa uma nova etapa de estudo, luta e mobilização. Por isso, convocamos todos e todas para continuar esse processo.
E por falar nas vitórias dos estudantes, na quarta teremos uma macarronada no CV para comemorar a abertura dele e colocarmos todos a par do processo em Defesa de Nossa Política de Convivência na ESALQ. Seguiremos...

Comissão de Elaboração da Política de Convivencialidade

Consumo de Madeira amazônica em Piracicaba equivale a 6,6 mil em árvores

A ONG Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola) concluiu um estudo sobre a comercialização e o consumo da madeira amazônica no município de Piracicaba que traz resultados alarmantes.
Segundo o estudo, em 2008, a cidade consumiu 11 mil m3 cúbicos de madeira amazônica serrada, volume equivalente a 6,6 mil árvores. Desse total, 68% foram adquiridos pelo consumidor final, enquanto 16% pelas construtoras, 15% pela indústria de produtos madeireiros e as marcenarias 0,9%. O estado proveniente da maior parte desse material vem do Mato Grosso (67%). Em seguida aparecem Rondônia (12%), Pará (6%) e Acre (5%).
Na maioria dos casos, a madeira foi comprada pelo consumidor final diretamente dos depósitos, que a obteve por intermediários da Amazônia ou de serrarias.
Para produzir toda essa matéria-prima de forma sustentável, calcula-se que seja necessário 660km² de floresta, metade da extensão do município.
Na realização da pesquisa, o Imaflora fez o levantamento dos depósitos de madeira, das indústrias de produtos de madeireiros, das marcenarias e construtoras existentes na cidade. Os dados foram coletados a partir de 71 questionários nesses setores e aplicados de forma presencial ou por telefone no período de maio a agosto de 2009. A ONG não avaliou se a madeira tinha origem legal.
Segundo o estudo, a exploração desse material na Amazônia quando realizada de forma criteriosa e sustentável é fonte de desenvolvimento socioeconômico e contribui para a conservação da floresta. Quando realizada de forma predatória configura-se como uma atividade de alto impacto socioambiental. Quase metade (43%) da produção da madeira amazônica é realizada de forma ilegal, trazendo para o mercado consumidor grande parte da responsabilidade sobre o futuro da maior floresta tropical do mundo.
As instituições entrevistadas dizem que a origem da madeira é o quesito de menor importância na hora da compra pelos clientes e raramente são questionados sobre o assunto.

Para que o consumo de madeira amazônica tenha o menor impacto possível na floresta a ONG diz ser fundamental que:

· Exija-se nota fiscal do produto;
· Solicite, à empresa vendedora, a apresentação do Documento de Origem Florestal (DOF) ou da Guia Florestal (GF)11 e da nota fiscal da madeira por ele adquirida;
· Solicite, à empresa vendedora, a apresentação do comprovante de inscrição e o Certificado de Regularidade, no Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais – CTF12 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA;
· Sempre que possível, reutilize a madeira adquirida;
· Dê preferência à madeira com a certificação FSC.

Equipe O Marreco

Conferência Internacional do Clima


Segundo o 4° relatório do IPCC - Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, composto pelos mais renomados cientistas especializados em clima do mundo - a temperatura média da Terra, não pode aumentar mais que 2°C em relação a era pré industrial, até o
final do século, ou as mudanças climáticas sairão completamente do controle.
Para frear o aumento da temperatura, necessita-se diminuir as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera. O ideal seria que a quantidade de carbono não ultrapassasse de 350ppm, porém já estamos em 387ppm e esse número aumenta 2ppm por ano.
Diminuir a emissão de gases de efeito estufa, implica em mudanças sociais e econômicas profundas e é por essa razão que os países têm resistido em adotar metas energéticas em relação ao assunto. Através da queda do uso de combustíveis fósseis, substituindo-os por uma matriz energética renovável e limpa, já temos um grande avanço. Medidas como o combate ao desmatamento e a devastação florestal, aliada a mudança de hábitos de consumo poderemos, ao menos, estabilizar a temperatura planetária.
A 15° Conferência das Partes, realizada pela Convenção - Quadro das Nações Unidas sobre o Clima, de 7 a 18 de dezembro, em Copenhague (Dinamarca) espera concretizar um acordo climático global, onde, países desenvolvidos se comprometam a reduzir mensuravelmente as emissões de gases estufa. A Comissão trabalhará de acordo com as responsabilidades históricas de cada país. Já que os países desenvolvidos começaram a emitir esses gases primeiro - devido ao seu modelo de crescimento econômico - devem arcar com as maiores parcelas no corte de carbono. A expectativa é que assumam metas de diminuição entre 25% e 40% entre 1990 e 2020. Enquanto isso países em desenvolvimento, se comprometeriam a desenvolver um modelo de crescimento econômico mais verde, sem impactar o ambiente.
Paralelamente, será realizada simultaneamente a 5° Reunião das Partes do Protocolo de Kyoto, onde serão definidas as metas para o segundo período de compromissos do documento que vai de 2013 a 2017. Até 2012, os países que assinaram este protocolo, devem reduzir suas emissões em 5,2%. Espera-se que nesse novo contexto, os Estados Unidos tenham uma postura diferente, e assinem o tratado agora sob a gestão de Obama.
Foram estabelecidos 5 blocos de discussões e acordos para a COP-15, são ele
Visão Compartilhada: antes de qualquer acordo, é necessário que os paises entrem em consenso sobre um objetivo global de redução da emissão de gases.
Mitigação: tratará do apoio financeiro e tecnológico dos países desenvolvidos em relação as nações em desenvolvimento. As regras dos mecanismos de compensação devem ser formatadas. São eles: Mercado de Carbono, Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal e Medidas Nacionalmente Apropriadas de Mitigação.
Adaptação: Os paises pobres, são os menos responsáveis pela situação, porém serão os primeiros a sofrer as conseqüências. Portanto discute-se um plano de ajuda econômica e tecnológica a esses países, possibilitando até a criação de um fundo internacional de adaptação para essa finalidade.
Transferência Tecnológica: Discute-se como a tecnologia dos países desenvolvidos será passada aos demais. Cogita-se inclusive, a quebra das patentes.
Apoio Financeiro: Será fundamental que os países desenvolvidos ajudem o resto do mundo financeiramente, tanto em novas tecnologias, quanto as fiscalizações e adaptações as mudanças climáticas.
Participam, com poder de voto, da reunião as nações que assinaram o Protocolo de Kyoto ou são signatários da Convenção. Outros países e ONGs podem participar como observadores. Os chefes de Estado não participam obrigatoriamente, podendo mandar representantes.
O Brasil e a França decidiram levar uma proposta comum a Conferência, onde sugerem medidas concretas, como a criação de uma organização internacional de ambiente e desenvolvimento sustentável. Entre os pontos mais polêmicos, trazem também uma meta de redução de emissões em ao menos 80% para países desenvolvidos em relação a 1990 até 2050.
Entre governos conservadores e outros mais pró-ativos, os ambientalistas preferem ser cautelosos, sem esperar a solução de todos os problemas, porém cobrando atitudes significativas dos representantes. Resta saber se os governantes do planeta perceberam onde vivem, sem menos prezar seu habitat natural ou super estimar a capacidade de adaptação da espécie humana.

Rachel Trovarelli

O movimento estudantil nacional da Gestão Ambiental

“O Homem coletivo sente a necessidade de lutar...” Chico Science e Nação Zumbi"

Há 3 anos surgiu o embrião. Como todo embrião, era pequeno, multiforme e não tinha muita noção de “mundo”. Mas foi crescendo rápido, graças às inúmeras mães e pais que lhe dedicaram toda atenção e carinhos que eram necessários para se ter um filho sadio e forte. Observando agora toda essa gestação, percebo como cresce rápido um rebento com ânsia de viver e me vem um certo orgulho de seu desenvolvimento. Foi assim o início do movimento nacional de articulação dos estudantes de Gestão Ambiental, que, com cerca de 10 pessoas e inúmeras reuniões aos fins de semana no Parque da Água Branca em São Paulo, abrange hoje boa parte do território nacional.
Era (e é) necessária a regulamentação da nossa profissão. Esse foi o mote inspirador para que o grupo, formado por representantes da ESALQ, EACH, UNICID e SENAC, iniciassem a discussão para formar uma associação brasileira que tivesse força política para comprar essa briga. Muitos foram os vai e vens, que culminaram na organização de 3 ENEGeAs, com número crescente de pessoas, que delinearam nossa linha de atuação: antes de se pensar em regulamentação e organização de um conselho de classe, é essencial se pensar nas bases do curso. Afinal, o que é o curso de Gestão Ambiental? Que profissionais ele forma? Que conhecimentos ele contém? Que visão de mundo ele busca? Essas dúvidas angustiam a muitos, e é em busca das respostas que foi organizado o I Fórum de Representantes do Curso de Gestão Ambiental, que, pela primeira vez, juntou coordenadores, estudantes e docentes do curso de Gestão Ambiental para pensar o curso.
Do Fórum, surgiu o esqueleto das diretrizes básicas do curso, suas áreas de conhecimento e as atribuições básicas do profissional. No entanto, não queremos diretrizes construídas por poucos e enxergamos a necessidade de ampliar nossa discussão para todo o território nacional. Sendo assim, nos encontramos em um momento único e muito fértil: possuímos uma Coordenação Nacional de Estudantes de Gestão Ambiental (CONEGeA) com ampla participação de estados como Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Brasília, São Paulo e Paraná; um Portal do ENEGeA pronto para ir ao ar para centralizar informações; a busca pela construção conjunta com professores e coordenadores dos cursos; e as discussões das diretrizes básicas sendo feitas em cada instituição. Como não se orgulhar de tão bonito rebento? Já engatinhamos, e hoje já estamos experimentando uns passos singelos e descompassados, mas que já nos levam até os biscoitos em cima da mesa. Precisamos agora nos atentar para não nos afogarmos nas espinhas da puberdade, nem retroceder a um “aborrescente” chato que faz demandas sentado no sofá. Se há um momento para nos organizar, é agora. Se há um momento para VOCÊ participar, é AGORA! Saia do sofá, e venha ver o Sol! Tenho certeza de que irá gostar...

André Biazoti (Guino)

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Editorial

Final do ano se aproximando, gestão do CAGEA terminando, pra que inventar um jornal agora? Essa pode ser a pergunta de diversos leitores.


Diante do cenário enfrentado na USP, ESALQ e, em especial, no curso de Gestão Ambiental, o lançamento de um jornal é pertinente. Como todos sabemos, o ano de 2009, foi turbulento nos principais campi da USP. A entrada da policia no campus em São Paulo, juntamente com o projeto de criação da UNIVESP (Universidade Virtual Estadual Paulista) e a eleição para reitor, trouxe um sentimento de repressão aos estudantes, em especial da capital. Além disso, a sugestão de normativas e regimentos disciplinares em alguns campi como o da ESALQ e da USP Ribeirão Preto, trouxeram uma mobilização estudantil em prol aos seus direitos e a democracia na universidade.
Especificamente na ESALQ, os estudantes já estavam incomodados com a retirada do Centro de Vivência (CV). Este era um espaço destinado a festas, encontros e reuniões, um espaço de socialização. A diretoria do campus, trancou o CV, alegando diversas irregularidades. A decisão foi seguida de diversas manifestações e atos simbólicos contra essa atitude, porém nada foi efetivamente alcançado. Alunos foram repreendidos através da guarda do campus e advertidos. O sentimento de repressão voltou esse ano com a tentativa da imposição, por parte da direção, de um Regime Disciplinar aos discentes. A luta dos estudantes ainda persiste, mas o primeiro tempo da disputa foi vencido ao conseguirmos a paralização do projeto e a formação de uma Comissão de Política de Convivência no Campus.
No curso de Gestão Ambiental, ainda há uma sensação de insegurança profissional principalmente quanto à regulamentação da profissão e ao nosso real espaço no mercado de trabalho. Trata-se de um curso novo, com relativamente poucas turmas formadas, tanto na ESALQ como nos outros cursos de graduação espalhados pelo país. Não há dúvidas de que temos ainda muitos desafios pela frente. Para nos representar na luta por alguns desses desafios, alunos de diversas universidades se reúnem em Encontros Nacionais de Estudantes de Gestão Ambiental (ENEGeA), em Fóruns de discussões que possuem como objetivo a formação de um consenso do que é especificamente o nosso curso, quais são as reais atribuições de um gestor do meio ambiente, além de uma definição de diretrizes básicas para os cursos de gestão ambiental, que hoje, são muito divergentes. A partir dessas definições tão importantes para o conhecimento da nossa própria identidade enquanto estudantes e futuros gestores, poderemos discutir, com mais propriedade, a filiação (ou não) do curso a algum conselho profissional e conseguir representatividade e embasamento suficiente para lutar por nossa merecida regulamentação.
O Marreco, buscará informar os leitores sobre os acontecimentos na Universidade, na ESALQ e no curso de Gestão Ambiental, fazendo uma ponte entre a informação e o estudante. Publicaremos também, noticias sobre sustentabilidade, ambiente e sociedade. A coluna Boca no Trombone será um espaço destinado a qualquer leitor que queira demonstrar sua opinião sobre assuntos relevantes ao jornal.
A 1° edição de O Marreco é lançada ainda no final desse ano de 2009, como um piloto para o ano seguinte. Portanto, críticas e sugestões são bem-vindas. Pretendemos, informar e discutir com o leitor os acontecimentos sociais e acadêmicos, buscando uma nova realidade para a Universidade e a sociedade. Interessados em participar, dúvidas, críticas e sugestões, envie para:
omarreco@yahoo.com .

Atenciosamente,
Editores de O Marreco.