domingo, 7 de fevereiro de 2010

Editorial

Final do ano se aproximando, gestão do CAGEA terminando, pra que inventar um jornal agora? Essa pode ser a pergunta de diversos leitores.


Diante do cenário enfrentado na USP, ESALQ e, em especial, no curso de Gestão Ambiental, o lançamento de um jornal é pertinente. Como todos sabemos, o ano de 2009, foi turbulento nos principais campi da USP. A entrada da policia no campus em São Paulo, juntamente com o projeto de criação da UNIVESP (Universidade Virtual Estadual Paulista) e a eleição para reitor, trouxe um sentimento de repressão aos estudantes, em especial da capital. Além disso, a sugestão de normativas e regimentos disciplinares em alguns campi como o da ESALQ e da USP Ribeirão Preto, trouxeram uma mobilização estudantil em prol aos seus direitos e a democracia na universidade.
Especificamente na ESALQ, os estudantes já estavam incomodados com a retirada do Centro de Vivência (CV). Este era um espaço destinado a festas, encontros e reuniões, um espaço de socialização. A diretoria do campus, trancou o CV, alegando diversas irregularidades. A decisão foi seguida de diversas manifestações e atos simbólicos contra essa atitude, porém nada foi efetivamente alcançado. Alunos foram repreendidos através da guarda do campus e advertidos. O sentimento de repressão voltou esse ano com a tentativa da imposição, por parte da direção, de um Regime Disciplinar aos discentes. A luta dos estudantes ainda persiste, mas o primeiro tempo da disputa foi vencido ao conseguirmos a paralização do projeto e a formação de uma Comissão de Política de Convivência no Campus.
No curso de Gestão Ambiental, ainda há uma sensação de insegurança profissional principalmente quanto à regulamentação da profissão e ao nosso real espaço no mercado de trabalho. Trata-se de um curso novo, com relativamente poucas turmas formadas, tanto na ESALQ como nos outros cursos de graduação espalhados pelo país. Não há dúvidas de que temos ainda muitos desafios pela frente. Para nos representar na luta por alguns desses desafios, alunos de diversas universidades se reúnem em Encontros Nacionais de Estudantes de Gestão Ambiental (ENEGeA), em Fóruns de discussões que possuem como objetivo a formação de um consenso do que é especificamente o nosso curso, quais são as reais atribuições de um gestor do meio ambiente, além de uma definição de diretrizes básicas para os cursos de gestão ambiental, que hoje, são muito divergentes. A partir dessas definições tão importantes para o conhecimento da nossa própria identidade enquanto estudantes e futuros gestores, poderemos discutir, com mais propriedade, a filiação (ou não) do curso a algum conselho profissional e conseguir representatividade e embasamento suficiente para lutar por nossa merecida regulamentação.
O Marreco, buscará informar os leitores sobre os acontecimentos na Universidade, na ESALQ e no curso de Gestão Ambiental, fazendo uma ponte entre a informação e o estudante. Publicaremos também, noticias sobre sustentabilidade, ambiente e sociedade. A coluna Boca no Trombone será um espaço destinado a qualquer leitor que queira demonstrar sua opinião sobre assuntos relevantes ao jornal.
A 1° edição de O Marreco é lançada ainda no final desse ano de 2009, como um piloto para o ano seguinte. Portanto, críticas e sugestões são bem-vindas. Pretendemos, informar e discutir com o leitor os acontecimentos sociais e acadêmicos, buscando uma nova realidade para a Universidade e a sociedade. Interessados em participar, dúvidas, críticas e sugestões, envie para:
omarreco@yahoo.com .

Atenciosamente,
Editores de O Marreco.

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