quarta-feira, 4 de maio de 2011

Algumas reflexões sobre Educação Ambiental

Por Alberto Kirilauskas


"Como fazer para a EA não ser apenas um tapa-buracos em nossa sociedade"?

            Antes de responder a questão, necessito demonstrar qual é a EA que estou me referindo.
Para o professor Pedro Jacobi o desafio existente é de se criar uma educação ambiental que seja crítica e inovadora em dois níveis: formal e não formal. E que acima de tudo ela deve ser um ato político voltado à transformação social.
O professor Jacobi diz que “o principal eixo de atuação da EA deve buscar, acima de tudo, a solidariedade, a igualdade e o respeito à diferença, por meio de formas democráticas de atuação, baseadas em práticas interativas e dialógicas”.
Para o professor Aziz Ab’Saber “educação ambiental é um processo que envolve um vigoroso esforço de recuperação de realidades e que garante um compromisso com o futuro. Uma ação entre missionária e utópica destinada a reformular comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais alcançados. Trata-se de um novo ideário comportamental, tanto no âmbito individual como coletivo.”
Ab’Saber continua, “a preocupação básica da EA é a de garantir um meio ambiente sadio para todos os homens e tipos de vida existentes na face da Terra”. Entende-se que a EA possui um papel fundamental na construção de um futuro melhor. Deve existir para além do crescimento econômico industrial, um crescimento nos níveis de qualidade de vida de todos os seres vivos, não se restringindo a certas classes sociais ou espécies. E ele completa que a educação ambiental é “um processo educativo que envolva ciência e ética, e uma renovada filosofia de vida. Um chamamento à responsabilidade planetária dos membros de uma assembléia de vida, dotados de atributos e valores essenciais: capacidade de escrever sua própria história; informa-se permanentemente do que está acontecendo em todo o mundo; criar culturas e recuperar valores essenciais da condição humana. E, acima de tudo, refletir sobre o futuro do planeta.”
            Diante dessa conceituação acima apresentada, entendo que a EA, quando implementada, ela por si só impedirá que seja um tapa buraco. Isso acontecerá porque ela é crítica, busca uma ética e procura reformular comportamentos.  Sendo crítica, ela não se “contentará” em tapar um buraco, mas sim buscar a resposta de porque existem buracos, e as respostas (que são novos questionamentos), para outras perguntas. É um processo contínuo e interminável, que permeará a vida humana enquanto ela existir.

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