quinta-feira, 24 de junho de 2010

RG 40.564.368-2

Por Alberto Kirilauskas

Coloquei minhas calças vermelhas e minha blusa verde. Em meu pescoço está o colar herdado de minha família, os Brecherds. E no meu dedo está o anel ganhado quando jovem. Dia frio convida a colocar o chapéu preto. Desço pelas ruas da Mooca, cantando os clássicos do Rock. Comecei por Elvis, passei pelo som intenso do The Doors até chegar à elevação do The Wall do Pink Floyd. Lembrei do passado distante. Futebol aos domingos no campão da Vila Prudente, e após as partidas existiam as horas de argumentação sobre a existência ou não da falta. E na faculdade de direito a argumentação era outra. Análises profundas sobre a legalidade das ações tomadas pelo Estado. Tempos de estudante. Reuniões para conversarmos e discutirmos sobre as possibilidades de mudança. Retorno ao presente. O Jair, o Gomes, a Lira estão no partido do Fernandes Telira. Já a Leila, a Mariana, o Dinho e o Wilson estão no partido do Elenilson Fontes. E nós, o Jacob, a Fabi, e eu, trabalhamos juntos na organização social da Vila Sá. Cada um possui um carro diferente, mas todos são da mesma cor. E cada um mora numa zona da cidade. O Jacob na leste e a Fabi na Norte. Cada um já tem sua casa própria mesmo morando sozinhos. Termino de descer as ruas. Chego na padaria do seu Pedro e tomo o meu café de todas as manhãs com a rapaziada da colônia Italiana.

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