segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

II FÓRUM DE ENSINO EM GESTÃO AMBIENTAL*

Por Débora Tomaszewski

CAGeSA – Centro Acadêmico de Gestão Ambiental – EACH

debora.tzt@gmail.com

Em cada ENEGeA (Encontro Nacional de Estudantes de Gestão Ambiental) que participamos ou em cada conversa com estudantes de outras Universidades, nós gestores ambientais percebemos o quanto somos diferentes entre nós mesmos. Claro que temos algumas semelhanças, mas em cada lugar, apesar do curso ter o mesmo nome, as formação são bem diferentes.

Enquanto em algumas instituições o que prevalece é o viés urbano, em outras é mais o rural, em outras o tecnológico ou ciências da terra, ou ainda o social. Alguns colegas de profissão nossos tem conteúdos que sequer sabemos o que é, e outros passam por experiências práticas diferentes. É apontado por alguns que o grande diferencial do curso de Gestão Ambiental é esse, e que isso é necessário, pois cada curso deve se adaptar na realidade que está inserido.

No entanto é importante, para o fortalecimento do curso e da profissão, a discussão sobre Diretrizes Curriculares Mínimas, pois é crescente a necessidade da existência de uma coesão entre todos os cursos, que garantam atribuições mínimas ao profissional de Gestão Ambiental. Ninguém tá querendo dizer que deve-se engessar tudo e obrigar cada Instituição a cumprir o que fosse combinado, apenas que é importante discutir isso.

Há uma aflição com mercado de trabalho e muito se reclama e discute sobre a filiação a um Conselho Profissional, porém temos que lembrar que se almejamos ter um Conselho próprio, e não depender de CREA, CRQ ou CRA, a discussão começa nas Diretrizes Curriculares. Afinal, são elas que interferem no perfil do profissional e suas atribuições, fazendo a diferença nas atribuições que um Conselho te daria. Como dito por um amigo, o Conselho é um "teto" de onde seria possível chegar no esforço da consolidação da profissão.

Mas antes de iniciar de fato essa discussão, é fundamental fortalecer a unidade dos cursos de GA e construir socialmente a profissão, a partir de uma organização social em rede ou sob outra forma de articulação nacional representativa, criando um espaço público de debate dos temas. A EACH, junto com a CONEGeA (Coordenadoria Nacional dos Estudantes de Gestão Ambiental), topou dar esse próximo passo e realizar o II Fórum de Ensino em Gestão Ambiental*.

O I Fórum aconteceu na ESALQ em 2008, como estabelecido por deliberação no III ENEGeA. Agora, quase 3 anos depois, o evento volta para sua segunda edição com um objetivo maior, de integrar as IES (Instituições de Ensino Superior) e conhecer as pluralidade e diversidade de formação do Gestor Ambiental no país. Outros objetivos também esperam ser alcançado, como promover a troca de experiências entre os curso de Bacharelado e Tecnólogo; prosseguir com o debate e as definições iniciadas no I Fórum, de forma a aumentar a representatividade dos cursos e a continuação participativa e, por fim; estabelecer metodologias para a continuação dos trabalhos iniciados no evento.

Participam do Fórum 4 presentantes de qualquer Instituição de Ensino Superior do Brasil que ofereça o curso de Gestão Ambiental, sendo 2 representantes discentes e 2 representantes docentes. A escolha desses representantes é feita a critério de cada Instituição, podendo ser o Coordenador do Curso e o Representante Discente de algum colegiado, ou até mesmo eleições. O mais importante é que o participante do evento não leve suas opiniões pessoais, mas sim que discuta com sua base as pautas e opiniões principais a serem discutidas.

Assim, a discussão deve fortalecer, ordenar e organizar as graduações em GA, que consequentemente (e simultaneamente talvez) fomentarão a continuidade da busca por uma identidade e perfil da profissão. Temos que pensar: o que nos dá identidade? Qual nossa visão de mundo? Quais são nossos comprometimentos? Assim, o II Fórum se fortalece como elemento que busca garantir um espaço representativo para a troca de experiências de maneira democrática e participativa. O evento não acaba por si mesmo, é um meio.

O evento está previsto para acontecer em 2011, e haverá suporte e estrutura para alojamento/hospedagem e alimentação. Em breve maiores informações

* o nome do evento ainda está em discussão

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