Por Rachel Trovarelli
Refletir sobre a educação formal nos dias hoje é uma tarefa árdua e abrangente. É necessário compreender o contexto regional e nacional no qual estamos inseridos.
Na educação tradicional no Brasil parece-me que o produto final é o menos importante. A baixa remuneração e motivação dos professores e - muitas vezes - a falta de estrutura física, pedagógica e administrativa são problemas constantes.
A formação do indivíduo jamais pode ser baseada apenas no conteúdo técnico-científico. Acredito que as principais instituições educadoras são a família e a escola, que devem fomentar o desenvolvimento ético e curricular do jovem.
A escola poderia possuir um caráter neohumanista, focada na formação do indivíduo. Um local aconchegante e espaçoso. Atividades interdisciplinares seriam realizadas de forma abrangente, por exemplo, uma horta. As crianças escolheriam as hortaliças, plantariam e acompanhariam o desenvolvimento das plantas com os cuidados necessários. Neste processo cabe ao professor de cada disciplina contextualizar o conteúdo. O "aprender fazendo" de Paulo Freire é fundamental sempre que possível. Após o colhimento dos vegetais por que não incluí-los na merenda? Assim, as crianças aprenderiam todo o processo.
Este espaço educador poderia desenvolver também habilidades. Aulas de marcenaria, pintura, costura, instrumentos musicais, danças, jogos, entre outros, contribuem significativamente para a formação das pessoas envolvidas. Intrínseco nestes processos estão valores como: compartilhar, trabalho coletivo e afins, bem como desenvolvimento de coordenação motora, criatividade, e etc.
A escola deve ser um local preocupado com o desenvolvimento pessoal, curricular e formativo do estudante, utilizando metodologias que fomentem esses crescimentos, levando em conta o bem-estar. Atuar em processos interdisciplinares e transversais, com didáticas criativas e contextualizadas, podem ser os primeiros passos.
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