Por Marina Peres Barbosa
Mais uma oportunidade de reflexão, de elaboração do pensamento crítico a respeito do evento e dos possíveis rumos que o mesmo pode tomar, A RIO+20 Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento sustentável acontecerá em Junho entre os dias 15 a 23 de junho.
Alto funcionário diz que entidade busca acordo que mobilize recursos para transição de modelo; custo anual, até 2050, seria de US$ 1,3 tri
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, marcada para junho, terá êxito se conseguir fechar um acordo que mobilize recursos para financiar uma transição nos próximos anos do atual modelo econômico para a chamada economia verde.
O alerta é de um alto funcionário da ONU, que não quis se identificar, ao Estado. Segundo ele, está claro que a maior parte desses recursos não virá de governos, e sim do setor privado. Cálculos do Pnuma, o programa da ONU para o meio ambiente, indicam que o custo poderia ser de pelo menos US$ 1,3 trilhão por ano, até 2050.
O investimento de 2% do PIB mundial durante quatro décadas, segundo a ONU, financiará a maior revolução na estrutura da sociedade promovida pelo homem em séculos. Nenhuma área será poupada: essa transição exigirá reformas na produção industrial, agricultura, transporte, educação, no combate à pobreza e no estilo de vida dos países mais ricos.
Se o custo é alto, a ONU estima que a Rio+20 pode significar também a abertura de novas oportunidades de negócios. Nos bastidores da entidade, multinacionais, grupos privados e fundos já procuraram o secretário-geral da entidade, Ban Ki-moon, para alertar que estariam prontos para anunciar investimentos importantes durante o evento no Rio de Janeiro.
Mas, para isso, alertam que precisarão obter dos governos um compromisso de como ocorrerá essa transição, quais as metas e o nível de responsabilidade de cada grupo de países.
No gabinete de Ban, a constatação é de que, duas décadas após a Conferência do Rio em 1992, o novo encontro mostrará que "o centro de gravidade" para realizar a transição para uma economia verde passou dos governos para o setor privado. "Há muito dinheiro esperando a definição de regras para ser investido na economia verde", admitiu um alto funcionário da ONU.
Diante das incertezas na economia mundial e da queda no consumo em países ricos, a estimativa é de que multinacionais estariam sentadas sobre cerca de US$ 6 trilhões a US$ 8 trilhões. Na avaliação da cúpula da diplomacia da ONU, não há dúvidas de que parte desse dinheiro migrará para oportunidades de negócios na economia verde, uma vez estabelecido o arcabouço do acordo.
"O sucesso do Rio será medido na quantidade de recursos que o setor privado conseguirá mobilizar nos próximos dois anos e como vai determinar a estrutura da economia mundial por décadas", indicou o alto funcionário da ONU.
Acordo. Diante desse cenário, a prioridade da ONU nas próximas semanas será o de convencer governos a deixar detalhes do acordo final para os dias do encontro e tentar fechar o mais rapidamente possível as grandes linhas do compromisso final. Em Genebra e Nova York, ninguém duvida de que a negociação chegou em seu momento mais crítico.
Mas o apelo de Ban a todas as missões é de que coloquem suas diferenças de lado para que haja, o quanto antes, um acordo de princípios. A esperança é de que isso crie um clima de confiança no setor privado de que a conferência terminará com pelo menos algum êxito para, portanto, anunciar seus investimentos. "Chegou o momento crítico da negociação", alertou um negociador da ONU ao Estado.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, porém, está otimista. Em conversa com um grupo de jornalistas em Genebra, há poucos dias, ele assegurou que a Rio+20 será um sucesso. "Não é exagero dizer que será a conferência mais importante da história da ONU", assegurou.
Fonte: Jamil Chade, correspondente/ Genebra - O Estado de S.Paulo.
Disponível em: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,para-onu-economia-verde-ditara-rio20-,867710,0.htm
quinta-feira, 3 de maio de 2012
terça-feira, 1 de maio de 2012
Sobre 1° de Maio
Chegamos
a mais um Dia Internacional do Trabalho com inúmeras questões pendentes. Na
Europa, trabalhadores se manifestam pela manutenção de direitos trabalhistas arduamente
conquistados e que agora se encontram ameaçados por uma crise econômica; na Ásia,
a luta é por condições mais humanas de trabalho.
No
Brasil, inúmeros são os casos de trabalhos em condições próximas à escravidão,
muitos deles bem mais próximos dos grandes centros urbanos do que se poderia
imaginar.
Abaixo,
segue vídeo com documentário sobre o tema, e link do Ministério do Trabalho
sobre o projeto de erradicação do trabalho escravo.
http://carep.mte.gov.br/trab_escravo/default.asp
O trabalho escravo e as condições precárias de trabalho continuarão existindo tanto em grandes fazendas quanto nas indústrias enquanto for mantida a situação atual de impunidade, falta de fiscalização por parte dos governos, e despreocupação por parte de consumidores sobre as condições sob as quais os bens de consumo foram produzidos.
Por Isabela Romo.
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